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“Rotina é importante, estratégia é essencial”, alerta palestrante em reunião-almoço da Acil

12/07/2018
Eventos

Lajeado – “A estratégia está intimamente ligada ao crescimento da empresa. Em comparação, a rotina é um monstro e a estratégia é um micuim. O tempo investido em estratégia está diminuindo cada vez mais, pois ficamos tão estressados com a rotina que acabamos a deixando de lado, até que, em algumas empresas, ela desaparece. Entendem a diferença?! Andar bem é importante, mas crescer é fundamental. Estamos falando de uma coisa muito importante (rotina) versus uma coisa essencial (estratégia). A essencial está perdendo pois, as empresas não estão dedicando-se a ela. Ou seja, o tempo investido para fazer a empresa andar bem é gigante, mas o tempo para fazê-la crescer é pequeno.” As afirmações foram feitas pelo sócio-fundador da Mr. Wolf – Facilitadores Estratégicos, Marcelo Campana Lubisco, que palestrou na reunião-almoço (RA) desta quinta-feira (12.07) promovida pela Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil). A exposição, intitulada “Rotina x estratégia em marketing: quem vai vencer esta guerra?”, teve a presença de 110 lideranças empresariais, comunitárias e políticas.

No evento, o palestrante abordou a importância de as empresas concentrarem esforços no combo “pensar” + “executar” a estratégia. Também propôs uma lógica de como as lideranças podem programar uma empresa realmente “fazedora” – capaz de identificar, priorizar e executar suas estratégias.

Mudança
Lubisco iniciou contando sobre a sua decisão de mudar de segmento de atuação, migrando da agência de publicidade para a empresa de design estratégico. “O que eu buscava não estava dentro da estrutura de agência, mas sim conectado ao modelo de negócio e com o tipo de problemática que o design estratégico se propõe a resolver”, explica.

Citou as diferenças entre os dois tipos de trabalho. Em uma agência, a comunicação tornou-se fim; para o design estratégico ela é o meio. Em uma agência, a comunicação virou causa; para o design estratégico ela é consequência. A agência quer abraçar o mundo. No design estratégico, todo mundo se abraça. “Uma agência foca no marketing. O design estratégico integra o marketing à empresa. O design estratégico é a maneira mais eficiente de resolver problemas de negócio. Ou seja, tudo que for estratégico para o negócio é campo para o design estratégico.”

Versus
Para falar sobre rotina versus a estratégia, o palestrante definiu os temas. Rotina são todas as tarefas necessárias para o bom andamento da empresa. Há uma tendência a serem setorizadas. Assim, a rotina aumenta ou diminui de acordo com a demanda de clientes internos e externos. “Já fica claro que não podemos abdicar dela em nenhum momento. O que temos que saber é conviver e não deixar que ela atrapalhe as estratégias.”

A estratégia é quaisquer iniciativas essenciais para levar a empresa ao próximo nível. Há uma tendência a serem compartilhadas. É a mola propulsora de crescimento, inovação e expansão. “Comecem a pensar micro. Um exemplo: tenho dez coisas que preciso melhor na minha empresa, se você fizer uma, ela já vai ficar melhor do que estava; se fizer duas, melhor ainda; se fizer três ou quatro no ano, a sua empresa já vai estar à frente de muitas concorrentes. Isto é elevar o patamar da sua empresa. Qualquer iniciativa que seja importante para mudar o caráter da empresa é estratégica e tem uma tendência a ser compartilhada; dificilmente vai ser setorizada. Quando falamos de estratégia, falamos de mais áreas unidas para resolver o problema.”

Inovação
Em uma empresa existem os consumidores que são, ao mesmo tempo, colaboradores. São essas pessoas que estão sob o peso da rotina e com pouco tempo para pensar e exercer estratégia. “Da porta para fora são consumidores e da porta para dentro colaboradores”. De um lado, os consumidores é que devem interagir, dedicar atenção e apaixonar-se pelo que a sua empresa faz. De outro, como colaboradores, devem ter comprometimento estratégico, ser inovadores e ter poder de realização.

Para o palestrante, para quebrar as rotinas dos consumidores, as empresas dependem obrigatoriamente dos colaboradores. Esses também estão sem tempo e presos às rotinas deles. Essa falta de tempo para se comprometer estrategicamente com a empresa é a falta de tempo para inovar e, pior, para tirar os projetos do papel. “A chave do crescimento da empresa é pensar estrategicamente e realizar. As empresas devem ser mais fazedoras. Elas devem parar para fazer. O hábito leva à cultura”, incentiva.

Jogos estratégicos
A empresa de Lubisco desenvolveu uma sequência de encontros de ideação colaborativa com o objetivo de produzir ou materializar as estratégias das empresas, que chama de “jogos estratégicos”. É o olhar de Mr. Wolf sobre o problema, pensando nos universos comuns a qualquer ambiente nas empresas, na colaboração e na competição, juntando-os para resolver os problemas de negócio.

Para realizar esta sequência, a empresa percorre um mapa, avançando nos itens: definição do problema; criação dos jogos, dinâmicas de ideação; consolidação; rankeamento/prototipagem; consolidação final; e entregáveis finais.

A receita
Lubisco diz que a receita para a elaboração da estratégia de marketing é investir no problema, na diversidade, na diversão com pressão, na gestão do abrir e do fechar e no olhar de fora.

“O homem sensato adapta-se ao mundo. O insensato insiste em tentar adaptar o mundo a si mesmo. Sendo assim, qualquer progresso depende do homem insensato”, finalizou o palestrante, citando uma frase de George Bernard Shaw.

Após sua apresentação, Lubisco, acompanhado da presidente da Acil, Aline Eggers Bagatini, e Pedro Carlessi, do Núcleo de Marcas da Acil, respondeu às perguntas dos participantes.

Realização
As RA de 2018 da Acil têm o apoio de Bebidas Fruki, BRDE, Dalva Pohren Serviços Contábeis, Excellence Garçons, Invictos Ar Condicionados e Refrigeração, Lyall Construtora e Incorporadora, MSommer, Olicenter, Planus Arquitetura e Sicoob Meridional.

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